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Interviews

Entrevista a Fábio M. Roque: "Os meus objetivos passam por continuar a expor regularmente"

Fábio M. Roque integra a nossa comunidade e foi a partir da qualidade das suas fotografias, expostas no seu website profissional, que decidimos fazer-lhe algumas perguntas. Com formação na área da Fotografia, pelo Instituto Português de Fotografia, exposições dos seus trabalhos e livros publicados, Fábio Roque deu-nos a conhecer um pouco mais o seu percurso, um dos projetos em que colabora e o desejo em expor em mais lugares.

Olá Fábio. Posso começar com a pergunta mais simples: como e quando começou a tua paixão por fotografia?

Olá. A minha paixão pela fotografia começou cedo. Comecei a dar os primeiros passos, com uma velha Kodac dos meus pais, teria talvez 14, 15 anos, e fotografava principalmente os meus amigos. Acho que posso dizer, que foi aí que tudo começou.

Sentes que o curso no IPF (Instituto Português de Fotografia) te ofereceu as bases para elaborares o teu trabalho como fotógrafo?

Sim, sem dúvida. Acho que recebi aprendizagens importantes durante o meu tempo no IPF, enquanto aluno de fotografia. Oferecem-te várias opções e sugestões, cabe-nos a nós usar essas informações para começarmos a traçar o nosso percurso.

Como descreves as tuas imagens?

Esta é difícil. Diria que as minhas imagens atuais têm um quê de nostalgia e obscuridade.

Li que tiveste foco em fotojornalismo, fotografia documental e que agora te dedicas a fotografias mais pessoais. Consegues dar-me uma ideia da tua evolução como fotógrafo?

Durante o meu tempo como estudante de fotografia, e no início da minha carreira, a minha ideia era sem dúvida o fotojornalismo, isso veio a se alterar com o tempo, a um nível progressivo e por vários fatores. A seguir seguiu-se a fotografia documental, que tem as suas semelhanças, mas do modo como a encaro, é um mundo totalmente novo, e comecei a fotografar os meus projetos pessoais por esta altura.

Mais recentemente tenho optado por novos caminhos, uma fotografia mais introspetiva. No fundo, é um adicionar-me a mim próprio à equação. E é entre estes três estilos que se vai construindo o meu percurso fotográfico. Podemos ver esta evolução através dos meus trabalhos, The Cubans e Can you Predict Springs? ainda têm traços fotojornalistas, depois temos Forgotten e Shelter claramente documentais, e por fim a nível mais pessoal, Awake, River e Redemption.

Como descreves a situação para os fotógrafos em Portugal? O que poderias mudar se tivesses esse poder?

A situação depende dos fotógrafos, mas para os fotógrafos "novos" existem poucas oportunidades. Mudaria a distribuição de oportunidades.

Podes explicar-nos do que se trata o Colectivo Phos? Como nasceu esse projeto? Onde pretendes chegar com os outros colaboradores?

Eu, sobre o início do projeto, não posso falar pois não estava presente. Comecei a colaborar com o coletivo no ano passado, através do Phos Lab (que é uma forma que temos de colaborar com pessoas de fora do próprio coletivo), e passei a membro no início deste ano.

Posso falar das minhas expetativas. O que eu pretendo é ter uma plataforma coletiva, onde possa projetar o meu trabalho inserido numa dinâmica plural. É uma maneira de pensar a fotografia de modo diferente, quando tenho um projeto no coletivo. Tenho obrigatoriamente de o encarar de outra maneira, do que faria num projeto apenas meu e esse tipo de mudança de abordagem é algo positivo.

Neste momento, o teu projeto Stories está exposto no edifício Equuspolis na Golegã. Como tem sido o feedback das pessoas que visitam a exposição?

Pelo que me tem chegado, tem sido positivo. Estive apenas presente na inauguração e gostei bastante do modo como fui recebido, apesar de não ter um público como teria em Lisboa ou Porto. Acho que é uma boa oportunidade para mim e para o meu trabalho.

Por fim pergunto-te, quais são os teus objetivos para o futuro?

Os meus objetivos passam por continuar a expor regularmente. Vou a caminho da minha décima exposição individual e estou muito feliz por isso. Gostava de poder ter mais e melhores oportunidades de expor, por vezes é complicado entrar em certos círculos. Outra coisa que me interessa bastante são os livros e zines. Um objetivo é, sem dúvida, a publicação de um livro mas, por enquanto, vou publicando photozines. Já tenho quatro, que podem ver no meu website. Stories, Afterworld, Nameless Wood e Redemption, e quero continuar a publicar. Brevemente irá sair uma nova, Awake, publicada pela Antler Press no Reino Unido.

Tenho também um projeto recente, Our Private Garden Publications, com precisamente este objetivo: publicar photozines. Já publicámos duas e queremos continuar!

Obrigado.

http://fabiomiguelroque.com

https://www.facebook.com/FabioRoquePhotography

Contato: [email protected]

Perfil de Fábio Roque no The Art Boulevard: http://bit.ly/1iMEBls

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